Guerra sem quartel

Desde sempre existiu em mim a propensão para o conflito. Conheço as motivações dessa propensão e isso ajuda-me a controlá-la. Sou hoje capaz de destruir alguns ímpetos mesmo antes deles se revelarem. A literatura e a música são muletas preciosas. Mas nem sempre consigo controlar-me e há momentos em que, sentindo-me acossado, renasce em mim o menino arruaceiro que cerra os punhos e faz peito.
Quando passa, fica a solidão, os danos irreparáveis e a perda de amizades. Fica também a certeza de que terei sempre que travar este combate contra o conflito, mesmo quando o cansaço é mais forte que a razão.

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