Da raiva

Tenho muito medo da incompreensão e por isso me torno tão palavroso em situações limites. Falo muito, tento explicar o meu ponto de vista de diversas formas, uso e abuso dos exemplos simbólicos. Normalmente o resultado é inverso ao que devia ser: torno-me ainda mais incompreendido. Depois, bem, depois… Depois chega a frustração de não me fazer compreender e a explosão de raiva. E todos sabemos como somos menos bonitos enraivecidos. Eu não fujo à regra. Enraivecido sou uma besta, calmo sou todo bondade. O contraste é grande, demasiado evidente. Por isso é preciso uma dose forte de paciência para suportar. Tão forte que ninguém a tem. Nem eu.

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